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7 de setembro: No Dia da Independência, Grito dos Excluídos marcará resistência contra retrocessos do governo Bolsonaro

06/09/19

7 de setembro: No Dia da Independência, Grito dos Excluídos marcará resistência contra retrocessos do governo Bolsonaro

São Paulo – “Este sistema não vale, lutamos por justiça, direitos e liberdade”. Esse é o tema da 25ª edição do Grito dos Excluídos, que mobiliza o país no feriado que oficialmente, é chamado Dia da Pátria ou Dia da Independência. Mais uma vez, milhares de pessoas vão às ruas do país, no sábado (7), para denunciar o caos em que o Brasil se encontra: desemprego, estagnação econômica, crimes ambientais, desmontes e retrocessos.

“Os nossos direitos estão sendo solapados, estamos voltando atrás, quer dizer, excluídos da saúde, educação, na questão da reforma agrária, da terra e dos povos indígenas, negros e quilombolas. As periferias estão cheias de jovens, negros sobretudo, que querem estudar e trabalhar e estão à mercê da violência”, afirma o coordenador nacional do Grito dos Excluídos, Ari Alberti, em entrevista ao Seu Jornal, da TVT.

Realizada desde 1995, a manifestação, que surgiu dentro da Igreja Católica, conta também com a adesão de movimentos sociais e sindicais que se juntam ao Grito dos Excluídos para barrar o avanço da “reforma” da Previdência que tramita no Senado.

Presidente da CUT-SP, Douglas Izzo aposta na união dos povos nas ruas para deter os ataques à classe trabalhadora. “O Grito dos Excluídos está dentro de um calendário de luta que nós vamos empreender ao longo do mês de setembro nas ruas e também no Congresso Nacional. A proposta que foi apresentada pelo governo, votada na Câmara dos Deputados, na verdade retira o direito do trabalhador brasileiro de se aposentar”, contesta o presidente da CUT-SP.

O Grito dos Excluídos também completa 25 anos de edições ininterruptas denunciando ainda os crimes socioambientais que levaram ainda o Brasil a protagonizar uma crise internacional recentemente. “Não é possível que a gente não veja o que acontece na Amazônia, que se queira negar os fatos e dizer que não ocorre. Não é possível que a gente não veja o que aconteceu em Minas Gerais. Nós não acreditamos que com gasolina a gente apague fogo, assim como não acreditamos que as armas resolvam a violência. Temos que rever isso”.

No sábado, todos os estados brasileiros realizam a mobilização por justiça, direitos e liberdade.