05/03/18
As comemorações do dia da Mulher estão mundialmente relacionadas às reivindicações femininas por melhores condições de trabalho, sociedade justa e igualitária.
Um dia para as mulheres, uma data para marcar as duras conquistas das mulheres trabalhadoras ao longo da história; Uma data para refletir sobre as dores e as batalhas para garantirem mais inúmeros direitos ainda travados pelas discriminações da sociedade. Embora o sistema capitalista busca transformar o 8 de março, Dia Internacional da Mulher, em uma data festiva é essencial manter o foco sobre o sentido da data marcada pela entrada da mulher no mercado de trabalho e, na atuação política a partir da Revolução Industrial em 1789. O presidente do Sindisaúde, João Martins Estevam destaca importância da força do trabalho da mulher na sociedade e, nos hospitais onde concentram mais 87% da mão-de-obra categoria. “Elas já alcançaram muitos direitos, no entanto, a igualdade de salários, por exemplo, ainda é uma luta à ser travada e garantida. Percebo que elas possuem vontade mas precisam acreditar no seu potencial e participar mais das mobilizações”, avalia João. Ainda com tantos avanços, pontua a jornalista, doutoranda em jornalismo e professora da Faculdade Stac, Marli Vitali é lamentável a mulher ter que provar diariamente ser tão competente e eficiente quanto o homem. Um exemplo disso, é quando a mulher conquista um cargo de gestão atuando no comando dos homens. Neste caso, o desafio é ainda maior no enfrentamento dos preconceitos e postura machistas onde em muitos casos, eles colocam em “dúvida” o merecimento o cargo", critica Marli.
HISTÓRIA DA DATA
Em 1789, com a entrada da mulher no mundo do trabalho, as jornadas eram de até 17 horas diárias. Em 1819, depois de um enfrentamento da polícia contra os trabalhadores, a Inglaterra aprovou a lei que reduzia para 12 horas o trabalho das mulheres e dos menores entre 9 e 16 anos. Foi nas manifestações pela redução da jornada de trabalho que 129 tecelãs de Nova Iorque paralisaram os trabalhos por uma jornada de 10 horas, conduzida por mulheres. Reprimidas pela polícia, as operárias refugiaram-se dentro da fábrica. No dia 8 de março de 1857, os patrões e a polícia trancaram as portas da fábrica, atearam fogo e as tecelãs morreram carbonizadas. Durante a II Conferência Internacional de Mulheres em 1910 na Dinamarca, a ativista pelos direitos femininos, Clara Zetkin, propôs que o 8 de março fosse declarado como o Dia Internacional da Mulher, homenageando as tecelãs de Nova Iorque. (Fonte: Carmen Lucia Evangelho Lopes. CEDIM-SP)
Texto:Maristela Benedet - Jornalista/assessoria Sindisaúde
Imagem: http://m.noticias.bol.uol.com.br