06/05/16
O Dia das Mães chega com abraços, flores, chocolates, presentes e almoços deliciosos. Mas poucos sabem que a história da data tem seu lado sombrio. E não, não estamos falando (só) do apelo capitalista “para vender presentes”.
Apesar de Getúlio Vargas só ter oficializado o dia das mães como um feriado no segundo domingo de maio em 1932, pode-se dizer que o processo para o estabelecimento da data começou em 1850 nos EUA, quando uma mulher chamada Ann Reeves Jarvis fundou clubes de trabalho que funcionavam nos chamados “Dia das mães”. A ideia era que as mulheres trabalhassem para melhorar condições sanitárias e diminuíssem a mortalidade infantil. Os mesmos grupos também cuidaram de soldados feridos da Guerra Civil.
Nos anos seguintes, Jarvis passou a organizar piqueniques em “Dias das Mães” para encorajar mais mulheres a participarem na política e promover a paz. Mas foi sua filha, Anna Jarvis, que estabeleceu a data como ela é hoje.
Anna nunca teve filhos, mas a morte de sua mãe, em 1905, a inspirou a organizar “Dias das Mães” em homenagem a elas. O Dia das Mães deveria ser uma data na qual filhos devem vistiar suas mães e passar o dia com elas, agradecendo pelos esforços que elas fizeram em sua criação. Mas, apesar de algumas cidades adotarem o feriado no segundo domingo de maio, logo os esforços de Jarvis acabaram pendendo para o lado comercial da data, através dos presentes - coisa que Anna considerou uma grande falha.
Quando lojas começaram a encorajar a compra de flores e cartões e Anna percebeu seus propósitos capitalistas, ela passou a organizar boicotes e protestos - tudo para devolver à data o seu propósito original. Em 1923, ela e seus seguidores invadiram uma confecção na Filadélfia. Ela continuou protestando até 1940 - e em 1948, morreu em um sanatório.
Fonte: Revista Galileu