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NOTÍCIAS E EVENTOS

Ameaça de enxugar centrais de atendimento do SAMU preocupa trabalhadores

20/07/15

Ameaça de enxugar centrais de atendimento do SAMU preocupa trabalhadores

 As centrais de regulação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) situadas em oito Regiões de Santa Catarina, inclusive em Criciúma, podem ser fechadas pelo Governo do Estado e, os atendimentos serem concentrados em apenas uma central em Florianópolis preocupa sindicalistas e trabalhadores. Desde o último dia 17, os profissionais do SAMU estão utilizando tarja preta nos uniformes e unidades móveis pelas recentes ameaças à qualidade e preservação do Serviço prestado à população no Estado. Pela proposta, todas as ligações seriam atendidas nesta única central, bem como todas as viaturas acionadas e guiadas pela mesma. “Eles alegam que a proposta é baseada em "economia" no encerramento das atividades das centrais de Criciúma, Florianópolis, Camboriú, Lages, Joaçaba, Chapecó, Joinville e Blumenau - quando para nós trata-se de cortes em um Serviço de Atendimento de Emergência Público essencial”, critica Cleber Ricardo Cândido, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento da Saúde de Criciúma e Região (Sindisaúde) e Presidente da Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos da Saúde de Santa Catarina (Fetessesc). Segundo o sindicalista, os funcionários do SAMU, temem a demissão em massa os riscos de precarização no atendimento à população, por conhecerem o cotidiano das operações coordenadas pelas centrais. Já com o número atual de atendentes existe risco de fila de espera nas ligações para o 192 e de nada adianta a presença da ambulância se a população simplesmente não conseguir ser atendida pela central 192 em uma única central. “O Estado afirma que com mapas eletrônicos conseguirá controlar a logística das viaturas, no entanto as equipes do interior do Estado contam muito mais com os conhecimentos da geografia dos operadores regionais para os guiarem nas áreas rurais não mapeadas em GPS e com endereços imprecisos”, pontua Cleber. Cerca de 90% das ambulâncias do SAMU são Unidades de Suporte Básico, que têm apenas técnico de enfermagem e condutor-socorrista, portanto ao atender a vítima necessitam contatar o médico da central para salvar uma vida em jogo. Esta medida proposta pelo Estado reduzirá o número de médicos. O SAMU não faz apenas resgate, mas também transferências de pacientes graves de hospitais de pequeno porte para os de grande porte, através das Unidades de Suporte Avançado (UTI Móvel). E são os médicos reguladores das centrais que realizam a busca de destino e recursos para as intervenções emergências necessários. “A redução do número de médicos reguladores inviabilizará as transferências inter-hospitalares, inclusive as que necessitam ser realizadas em critério de vaga zero, as quais apenas os médicos reguladores do SAMU podem impor como autoridade”, conclui Cândido. O Governo pretende apresentar à Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que é responsável pelo planejamento das ações do SUS no Estado dia 23 de julho, às 8h, na Laguna Turist Hotel. Neste dia ocorrerá um protesto dos trabalhadores de todo Estado.