23/07/20
São falsas as afirmações feitas em um vídeo postado no Facebook pelo médico Édison Carmo, de Minas Gerais, dizendo que hospitais recebem R$ 18 mil para cada registro de óbito pelo novo coronavírus. No vídeo, um homem não identificado mostra uma declaração de óbito de um morador do interior do Rio Grande do Sul.
No documento, consta que ele tinha suspeita de covid-19. O autor do vídeo diz, mais de uma vez, que conversou com “o médico” que assinou a declaração e que ele teria confirmado que a informação foi incluída apenas para que o hospital pudesse receber o valor. Ao fazer a postagem, Carmo insinuou que isso estaria por trás do elevado número de óbitos no país. “Entendem agora o aumento no número de covid-19”, questionou.
As informações não são verdadeiras porque a definição dos valores destinados pelo Ministério da Saúde para ações de enfrentamento à pandemia não toma como base o número de pacientes infectados ou mortos. A vítima em questão sequer foi atendida em um hospital e, sim, em uma Unidade Básica de Saúde (UBS).
Além disso, tudo indica que o autor do vídeo não teve qualquer contato com a profissional que assinou a declaração de óbito — uma médica mulher. A inclusão da suspeita no documento atendeu a uma recomendação de órgãos de saúde.
A presidente do Sindisaude de Criciúma, Gabriela Campos Pnkoski, explica que os hospitais recebem para tratar do paciente com a doença e após o óbito quem recebe é a funerária. Ela também lamenta tais informações falsas que circulam nas redes sociais. “Nossa! Que triste, em meio a tantas lutas espalham esse tipo de terror”, conclui Gabriela.
Com informações do Portal Litoral Sul