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E segue a luta: MPT chama sindicatos para negociação dos hospitais

09/03/18

E segue a luta: MPT chama sindicatos para negociação dos hospitais

Após solicitação do Sindisaúde há a alguns meses, finalmente o Ministério Público do Trabalho (MPT) chamou a direção dos sindicatos dos trabalhadores e patronal para  a negociação dos hospitais. A reunião de intermediação conciliatória acontece dia 15 de março, às 14h, na sede do MPT em Criciúma. “Nós esperamos que eles sejam complacentes com a categoria e, tomem as decisões pautada nos direitos históricos sem aceitar a redução dos benefícios dos trabalhadores garantidos nas demais negociações”, explica  o presidente do Sindicato, João Martins Estevam. Conforme ele, no ano passado após a votação da Reforma Trabalhista a maioria dos ministros do Tribunal Superior do Trabalho se posicionou contra uma possível desconstrução do Direito do Trabalho no Brasil. "Muitos aproveitam a fragilidade em que são jogados os trabalhadores em tempos de crise para desconstruir direitos, desregulamentar a legislação trabalhista e terceirizar a responsabilidade das empresas", diz trecho o manifesto assinado por 19 ministros.

ENTENDA O CASO:  Nas Assembleias realizadas em no mês de setembro de 2017 nos hospitais e na sede do Sindicato os trabalhadores aprovaram a pauta de reivindicação que foi entregue em seguida ao Sindicato Patronal. No dia 20 de novembro na rodada de negociação a direção rejeitou na mesa a proposta patronal que oferecia somente o INPC de 1,83% e a retirada de várias cláusulas conquistadas com muita luta ao longo de quase 10 anos. E, posteriormente foram efetuadas novas Assembleias com a aprovação da greve a partir de 27 de novembro.
INTERDITO CANCELA GREVE: No dia 27, o sindicato patronal entrou com interdito proibitório preventivo e, antes de iniciar a greve garantiram uma liminar na justiça que mandava o movimento grevista a manter 100% das atividades em praticamente todos os setores e 70% em apenas algumas atividades como as administrativas. Ainda mais: Os integrantes do Sindicato deveriam ficar a uma distância de 1 quilometro das portas dos hospitais. A Assessoria Jurídica do Sindisaúde   conseguiu cassar essa decisão, porém, eles ajuizaram um novo interdito e ganharam praticamente nos mesmos termos. Assim, na prática, os trabalhadores ficaram impedidos de realizar a greve. Nesse período o sindicato então solicitou ao Ministério Público do Trabalho para intermediar um negociação.

Maristela Benedet - Jornalista