08/03/25
As mulheres desfiaram padrões e conquistaram diversos espaços ao longo da história. E hoje são protagonistas nos sindicatos em defesa dos trabalhadores, da base de Criciúma. Assim como nos demais setores e espaços, não foi fácil. Elas enfrentaram preconceitos, resistências e estão aqui sendo voz ativa, no 8 de março, Dia Internacional da Mulher. A data é comemorada em todo o mundo e marca a luta das mulheres por respeito em todos os espaços, igualdade de gênero e de direitos, justiça e a mobilização contra todas as formas de violência.
A diretora tesoureira do Sindicato dos Trabalhadoras da Saúde de Criciúma e região (Sindisaúde), Gabriela Pnkosk entrou para a direção da entidade no ano de 2013. Assumiu funções de delegada da federativa, vice-presidente e presidente da entidade de 2018 a 2021, em um mandato tampão por três anos: “As mulheres concentram mais de 80% da categoria da saúde, e, portanto, é fundamental a representatividade feminina na direção sindical. Neste mandato somos oito mulheres nas empresas e eu como liberada no Sindicato. E este olhar feminino contribui nos debates e nas reivindicações nos seus espaços de trabalho. Elas são a maioria e tem muita voz para garantir mais valorização e respeito, o problema é que falta elas reconhecerem a sua força”, avalia Gabriela.
A sindicalista Dirceia de Mello Locatelli, diretora do Sindicato dos Bancários de Criciúma e funcionária do Banco do Brasil, integra a diretoria desde 2018 e, esteve a frente da direção da entidade no final de 2019 até 30 de junho de 2022, assumindo após a renúncia do então presidente que pediu demissão do banco. Para ela, as mulheres sejam no Sindicato ou em outros espaços, estão o tempo todo rompendo fronteiras e devem valorizar cada lugar conquistado: “Sabemos que temos muito chão e obstáculos pela frente. A igualdade plena de oportunidades, mesmo no movimento sindical, onde há muito pouco tempo era protagonizado somente pelos homens, ainda é um grande desafio e, para superá-lo. precisamos de todos que sonham e lutam por um outro mundo possível”, pontua Dirceia.
A diretora do Sindicato da Alimentação de Criciúma e região (Sintiacr), Gisele Adão relata que as agroindústrias concentram cerca de 70% de mulheres nos setores de trabalho e para ela todos os 365 dias dos anos são dias das mulheres: “ A nossa entidade sempre abriu espaço para as mulheres na direção. Hoje somos 14 diretoras e eu liberada no Sindicato. Sabemos que todos são dias de lutarmos para mais mulheres conquistem mais oportunidades. E o 8 de março marca como uma data para a reflexão, principalmente para nós, mulheres sindicalistas que vivemos em um meio a muitos desafios em busca de direitos para as trabalhadoras”, explica Gisele.