13/07/21
A possibilidade de rompimento de contrato com a Organização Social Instituto Maria Schmitt, gestora do Hospital Regional de Araranguá, está preocupando o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Criciúma e Região (Sindisaúde). A informação foi divulgada no ultimo dia 10, pela Secretaria da Saúde do Estado. “Esta decisão nos pegou de surpresa e grande preocupação. Com o investimento feito pelo Imas para o tratamento da Covid 19, no Hospital Regional, em plena pandemia, como vão ficar os contratos dos 584 trabalhadores e a garantia para o atendimento da população?”, questiona o presidente do Sindisaúde, Cleber Ricardo da Silva Cândido. Conversamos com a direção da OS, “ inclusive tivemos uma reunião hoje, 13, e eles não entendem o que está acontecendo, pois a realidade que o Governo fala não condiz com a situação do hospital”, pontua o presidente. Conforme informações da OS repassada para o Sindicato, o Regional está trabalhando com prejuízo e uma divida em torno de R$ 28 milhões de reais, neste caso, abrangendo o Hospital Regional de Florianópolis, administrados pela mesma OS. Está conta seria da falta de repasse do Governo do Estado para o aporte dos novos leitos de UTI Covid 19 implantados em março de 2020.
Uma outra dúvida do Sindisaúde é em relação ao futuro dos trabalhadores do Serviço de Atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A intenção do Estado é romper ainda o contrato com a OZZ, Saúde, gestora do Samu. E, se ocorrer, “como vai ficar o pagamento do passivo trabalhista, que não é pouco, e dos contratos dos profissionais? ”, analisa Cleber. Na última semana, dia 07 de julho, os trabalhadores do Serviço de Criciúma e Vale do Araranguá, definiram em Assembleia na sede do Sindisaúde em Criciúma, deflagar paralisação da categoria no prazo de 30 dias. Esta seria a data limite para a quitação das pendências pela OZZ. Os cerca de 230 profissionais estão no prejuízo há quatro anos sem direito a férias e há três anos sem reajuste salarial e depósito do FGTS. O Sindicato e trabalhadores deverão continuar acompanhar a situação para definir novas ações.