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NOTÍCIAS E EVENTOS

Ex-funcionários da Casa de Saúde do Rio Maina protestam

28/09/21

Ex-funcionários da Casa de Saúde do Rio Maina protestam

Ex-funcionários da antiga Casa de Saúde do Rio Maina realizaram um protesto na manhã desta terça-feira, dia 28, em frente ao prédio que abriga o Centro de Retaguarda pós-Covid-19 em Criciúma. Eles reivindicam cerca de R$ 2 milhões em dívidas trabalhistas deixadas pelo Instituto de Saúde e Educação Vida (Isev), que administrava a Casa de Saúde do Rio Maina, e cobram que o montante de R$ 1,8 milhão pago pela prefeitura de Criciúma na aquisição do imóvel seja transferido para uma conta judicial.

O ato aconteceu justamente durante celebração com a presença do prefeito Clésio Salvaro pela data de um ano da inaugiração do espaço que serviu para tratamento de pacientes com Covid-19. Existem tratativas para abrigar um novo hospital no local. “O propósito é denunciar a situação. O prefeito sempre soube da situação e mesmo com a notificação do sindicato dizendo que o valor não poderia ser repassado para o antigo dono, ele passou. Queremos denunciar”, justifica o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Estabelecimentos em Saúde de Criciúma e Região (Sindisaúde), Cleber Ricardo da Silva Cândido. 

 

O Sindisaúde já anexou ao processo, que corre na Justiça do Trabalho de Criciúma, o pedido de inclusão do ex-proprietário no polo passivo para então tentar chegar ao valor da venda. O valor da dívida é referente ao não pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), férias, salários e a não quitação das verbas rescisórias. “A ação judicial é direcionada ao Isev, mas fizemos o pedido a juízo que se colocasse o antigo dono no pólo passivo dizendo sobre esse valor. Ele fez uma sucessão. E na sucessão entregou junto os trabalhadores. Como ele recebeu por isso, deveria indenizar os trabalhadores”, reflete o líder sindical.

Caso não seja possível acessar o R$ 1,8 milhão, o Sindisaúde tentará judicialmente o cancelamento do negócio feito pelo Paço Municipal. Também prepara uma sequência de manifestações na próxima semana. Os atos ainda estão em fase de planejamento e devem ocorrer no Paço Municipal e também em Urussanga, em frente à clínica do ex-proprietário da instituição e recebedor da indenização paga pela prefeitura.

“Estamos aguardando o prefeito se manifestar. Notificamos ele na época, também a Câmara, que nos respondeu que não tem nada a ver com isso. Se não der certo de colocar ele no polo passivo, vamos entrar com ação para anular a compra da prefeitura. É difícil, mas possível”, antecipa o sindicalista.

Após o ato comemorativo no Centro de Retaguarda, o secretário de Saúde de Criciúma, Acélio Casagrande, se comprometeu em participar de uma reunião com os manifestantes para discutir o impasse.

Texto Portal Engeplus