17/10/16
Funcionários do Hospital Regional de Araranguá (HRA) decidiram em assembleia na manhã deste domingo, dia 16, pelo fim da greve com imediato retorno as atividades, que foram paralisadas no dia 10 deste mês, após anuncio de que o hospital seria municipalizado, o que gerou insegurança aos trabalhadores, quanto ao recebimento de verbas trabalhistas. Em reunião dos representantes dos grevistas com o secretário de Estado da Saúde, João Paulo Klenübing e com o prefeito de Araranguá, Sandro Maciel, na manhã de sexta-feira, dia 14, ficou decidido que a SPDM, entidade que administra o hospital, continuará na gestão do HRA. Kleinübing também afirmou aos representantes dos grevistas que não haveria corte no repasse de verbas à referente à paralisação dos servidores, mesmo assim a SPDM, decidiu, no fim da tarde de sexta-feira, por não pagar os dias parados dos grevistas.
Os funcionários, que já haviam acenado pelo fim da paralisação após conversa com Kleinübing e com o prefeito de Araranguá, Sandro Maciel, continuaram com a greve, devido à decisão da SPDM de descontar os dias parados. Na tarde de sábado, dia 15, a entidade que administra o hospital conseguiu na Justiça o interdito proibitório de greve, que determinaria multa de R$ 10 mil por dia ao sindicato dos trabalhadores, caso a paralisação continuasse e a proibição dos sindicalistas de permanecerem no pátio do hospital.
Em assembleia na noite de sexta-feira, os funcionários do HRA decidiram que somente os serviços de urgência e emergência iriam ser atendidos e que apenas enfermeiros trabalhariam, funcionários de serviços de limpeza e cozinha não entrariam no HRA. Com o interdito, a SPDM conseguiu judicialmente que 100% de funcionários nos setores mais importantes, que são Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), clínica cirúrgica, clínica pediátrica, centro cirúrgico, centro obstétrico e Pronto Socorro (PS), além da manutenção de 30% dos trabalhadores nos demais setores. A SPDM continuou negando o abono dos dias de paralisação aos grevistas.
De acordo com Cléber Ricardo da Silva Cândido, presidente do Sindisaúde, a assembleia realizada na manhã deste domingo definiu pela volta ao trabalho e por tentar negociar os dias de greve durante a semana. “Caso a SPDM não queira abonar os dias parados, provavelmente terá uma nova paralisação”, revelou Cléber. Os funcionários do HRA voltaram ao serviço às 7 horas da manhã deste domingo.