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Greve do Samu tem adesão de 70% neste terça-feira,22

22/12/20

Greve do Samu tem adesão de 70% neste terça-feira,22

Os trabalhadores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) entraram em greve nesta terça-feira, dia 22, às 6 horas. Os profissionais alegam atrasos no pagamento do 13° salário, férias e defasagem de reajuste salarial. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Criciúma e Região (Sindisaúde), cerca de 175 profissionais atuam no Sul catarinense e 70% aderiram à paralisação e 30% do efetivo continua atendendo a população.

Na manhã desta terça-feira, os profissionais estão paralisados em frente ao 9º Batalhão de Polícia Militar no bairro Jardim Maristela, em Criciúma. Em Santa Catarina são cerca de mil funcionários e a estimativa de valor devido pela gestora, somente com 13°, é de R$ 3 milhões. O Sindisaúde responde por socorristas, enfermeiros e radioperadores do Samu. Já os médicos são representados pelo Sindicato dos Médicos da Região Sul Catarinense (Simersul). Ainda conforme o diretor do Sindisaúde, o cenário é positivo para greve. “Já estava ruim, mas fomos nos indignando no dia a dia. Notificamos empresa, o Estado, mas ainda não tivemos retorno, assim que eles solicitarem uma reunião, tiverem uma proposta, a gente vai levar para a avaliação da categoria, mas, a principio, não tem nenhum retorno deles”, acrescenta.

Embora a paralisação tenha envolvido inúmeros profissionais, o serviço não foi totalmente prejudicado. Cerca de 30% das atividades permanecem normais. “Pedimos que tanto o governo, como a Ozz, se sensibilizem para evitar a greve. Porque isso vai trazer prejuízos sérios para a população”, defende Cândido.

Ozz Saúde busca apoio do governo

Em resposta ao Jornal Tribuna de Notícias, a empresa afirma que a falta dos reajustes por parte do Governo de Santa Catarina, representa um débito de aproximadamente R$ 70 milhões em relação aos serviços que executa. “Atualmente a gente tem conversado com o Estado, que tem procurado nos apoiar. É uma reivindicação que buscamos negociar com todos os sindicatos através do nossa diretoria jurídica que está em conversação para evitar essa paralisação. É um efeito momentâneo por causa da Covid-19, houve um desequilíbrio financeiro do caixa da empresa, e já estamos apresentando para o governo há um tempo. Eles estão buscando uma solução o mais rápido possível, creio que nos próximos dias já vamos ter um retorno”, enfatiza o diretor executivo da Ozz Saúde, Eduardo Flávio Zardo.

Ainda conforme Zardo, o diretor jurídico da empresa Ozz Saúde está em Santa Catarina buscando negociar e conscientizar os profissionais para que voltem atrás quanto à paralisação. “Nós vamos até o último minuto tentar convencê-los a não tomar uma medida tão radical nesse momento que passa o Estado e o país. Mas, a gente também depende uma posição favorável por parte do governo. Nós já apresentamos uma série de despesas que tivemos por solicitação da própria secretaria e, até agora, não foram pagos esses valores. Com esse quantitativo, nós conseguimos pagar todas as dívidas que estão aí atrapalhando esse finalzinho de ano dos profissionais”, finaliza o diretor executivo.

Informações TN SUl e Engeplus