14/06/21
“Resolve Moisés”, com cartazes e faixas cobrando uma solução do Governo do Estado para o abandono dos trabalhadores do Serviço de Atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), de Santa Catarina, os funcionários e Sindicatos da Saúde das principais regiões do Estado promovem um protesto unificado nesta terça-feira, 15 de junho, às 10h, na Agronômica, em Florianópolis, em frente a casa do Governador Carlos Moisés. Os mais de 950 profissionais que atuam no Samu contratados pela OZZ Saúde seguem há quatro anos sem direito a férias, há três anos sem reajuste salarial e, como se não bastasse, sem FGTS. Entre outros prejuízos enfrentam no atendimento diário a a precarização da Infraestrutura das bases. “Há relatos de problemas com infestação de insetos e roedores, colocando em risco tanto empregados quanto pacientes que têm contato indireto com equipamentos acondicionados nestes espaços. Há queixas de infiltrações que geram proliferação de fungos nas bases sem EPIs e uniformes em quantidade e qualidade adequadas ao enfrentamento do serviço de socorro, especialmente neste momento de pandemia de Covid-19”, denuncia o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Criciúma e Região (Sindisaúde), Cleber Ricardo da Silva Cândido. Conforme ele, os funcionários estão cansados se não serem respeitados por esta gestora e buscam uma ação do Governado do Estado. A OZZ recebe a média de R$ 12 milhões por ano “e o lucro pode chegar até 8% do valor do contrato, ou seja, devem receber limpo R$ 1 milhão por mês mas não cumprem seus compromissos com os trabalhadores. Não estamos pedindo muito, estamos solicitando o mínimo e sem direitos não dá para permanecer”, critica Cleber.
O sindicalista destaca a importância do Samu como prioridade para salvar vidas e atender os casos de urgência e emergência com a finalidade de melhorar o atendimento a população e prestar socorro nas residências, locais de trabalho e vias públicas. “O Samu presta um serviço de excelência e assim deve continuar sendo. E, se não forem tomadas providências urgentes, existe o risco de as atividades serem inviabilizadas em um curto espaço de tempo. Cândido reforça que várias tentativas foram feitas buscando solução deste grave impasse há mais de dois anos. Um exemplo é uma reunião de representantes dos funcionários junto com os gestores da OZZ, dia 09 de março deste ano, com o Secretário de Saúde do Estado, André Motta. Em mais uma tentativa, No dia 27 de maio, Sindicatos da Saúde representando os trabalhadores das regiões de Florianópolis, Joinville, Criciúma, Chapecó, Mafra e Lages, participaram de uma reunião virtual com o presidente da comissão de saúde da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), o deputado Neodi Saretta, reforçando a permanência dos os problemas do Serviço e pedindo ao deputado pressão junto ao Governo do Estado. Nesta reunião estava presente também representantes do COREN/SC.