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São Donato: Emenda parlamentar e recuo do Estado mantém maternidade até o final do ano

27/05/19

São Donato: Emenda parlamentar e recuo do Estado mantém maternidade até o final do ano

A maternidade do Hospital São Donato (HSD) não será fechada em junho. A diretoria do hospital aguarda a oficialização de uma proposta do Governo do Estado em manter recursos destinados a maternidade e também de uma emenda parlamentar do deputado estadual Rodrigo Minotto, de R$ 700 mil. Estes valores darão uma sobrevida ao serviço do HSD, que funcionará pelo menos até dezembro.

A emenda parlamentar foi anunciada por Minotto na manhã desta segunda-feira. O deputado esteve em uma audiência com o Governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, articulada pelo secretário da Casa Civil, Douglas Borba. “O governador teve essa atenção especial, havíamos conversado no final de semana por telefone. E por meio do secretário Douglas ele solicitou que eu visse a Florianópolis e tivemos uma audiência. Ele confirmou o repasse para que haja a continuação do serviço prestado pela maternidade do Hospital São Donato e os R$ 700 mil estão assegurados”, explicou em entrevista por telefone ao Portal Engeplus.

 

A ideia inicial é que a emenda seja diluída em parcelas (até o final do ano), que serão somadas ao novo repasse do Estado a partir da revisão dos recursos transferidos aos hospitais filantrópicos. A previsão é que isso aconteça a partir de junho e o novo valor será de R$ 80 mil. Mas enquanto a tabela não é reajustada, o governador também assegurou a manutenção de R$ 150 mil ao HSD, que já estava previsto em contrato e seria retirado a partir do dia 1º de junho. “Vejo com gratidão todo o recurso disponibilizado para a saúde. O deputado foi parceiro de Içara para encontrar um caminho. Quem conversou comigo foi o secretário Borba. Enquanto não houver uma mudança no contrato fica mantido o pagamento de R$ 150 mil. E quando houver a mudança, o Estado vai reduzir para R$ 80 mil, que se soma a emenda”, explica o prefeito de Içara, Murialdo Gastaldon.

Alívio, mas ainda tem a UTI

A diretoria do HSD ainda aguarda a oficialização dos recursos para confirmar a manutenção da maternidade. E a notícia chegou em boa hora, uma vez que já estavam prontos para dar início ao processo de demissão de funcionários.

Agradecemos ao deputado. A gente vê isso com alívio. Podemos chamar o conselho e ratificar a decisão de fechar. É a melhor notícia. Queremos continuar trabalhando e fazendo este serviço. Já estávamos escolhendo funcionários do setor de maternidade para as demissões, estávamos nos preparando para o plano B

Waldemar Luiz Casagrande, presidente do HSD
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Agora, com os recursos garantidos até o final do ano, a prioridade recai sobre os 10 leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A ala está pronta, mas ainda necessita de recursos para ser aberta. O Ministério da Saúde prevê a necessidade de R$ 440 mil/mês, no entanto, o presidente do HDS, Waldemar Luiz Casagrande, explica que com R$ 350 mil a ala é aberta. “Fizemos um estudo, readaptamos alguns setores e precisamos de R$ 350 mil para funcionar os 10 leitos. Viemos trabalhando com os deputados da região e temos algumas promessas e valores prometidos”, explica.

Até o momento, a informação é que o Estado cobre R$ 260 mil das despesas e se comprometeu encaminhar a primeira parcela assim que o HSD contratar a equipe que atuará na UTI. “Só este valor não cobre os custos, a não ser que o gerente administrativo (Júlio César De Luca) diga que consegue tocar. Mas esse valor ainda é inviável. Temos que buscar alguma solução melhor”, afirma o presidente.

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Ele ainda lembra que após seis meses o hospital consegue entrar em uma portaria do Governo Federal, junto ao Ministério da Saúde, e que garantirá um repasse maior que o do Estado. “É temporário (recurso estadual). A UTI é financiada pelo Governo Federal. Depois de seis meses de serviço, ele vai pagar o que necessitamos. Seis meses no máximo, registramos no Ministério da Saúde e conseguimos os valores apropriados. É complexo, mas precisamos de diálogo, no fundo estamos todos prontos para servir a população. Dos 10 leitos de UTI serão todos disponibilizados para ao SUS (Sistema Único de Saúde). É buscar diálogo”, pondera.

O Hospital São Donato foi tema amplamente discutido durante o Fórum Parlamentar Catarinenese, que ocorreu na última sexta-feira, na Associação Empresarial de Criciúma (ACIC), e antes dele, em reunião entre os prefeitos da Região Carbonífera. A previsão é que o fechamento da maternidade representaria um gasto de aproximadamente R$ 440 mil com rescisões de funcionários. 

Texto Engeplus