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Sindisaúde convoca técnicos de Enfermagem do Hospital Santa Catarina para paralisação

24/11/25

Sindisaúde convoca técnicos de Enfermagem do Hospital Santa Catarina para paralisação

Os técnicos de enfermagem do Hospital Materno Infantil Santa Catarina (HMISC), de Criciúma, estão sendo convocados para paralisação nos próximos dias. A decisão foi aprovada em assembleia realizada no dia 9 de outubro. Desde a assembleia, o Sindisaúde tem buscado diálogo e a construção da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) referente ao repasse do complemento do piso salarial dos técnicos de enfermagem. No entanto, não houve acordo após um mês de tentativas de negociação sem avanço por parte do Ideas, gestor do hospital.

Redução no complemento do piso salarial prejudica trabalhadores

De acordo com o presidente do Sindisaúde, Cléber Ricardo da Silva Cândido, a CCT vigente determina que os reajustes dos técnicos de enfermagem devem ser pagos separadamente, no formato de abono, até que o Supremo Tribunal Federal (STF) finalize o julgamento sobre o piso nacional da enfermagem.

Se o reajuste é incorporado ao salário base, como ocorreu no Hospital Santa Catarina, o valor do complemento pago pelo Governo Federal diminui — o que gera prejuízo direto aos trabalhadores.

“O piso nacional é de R$ 3.325,00, mas como houve reajuste na negociação coletiva de março, se esse valor é incorporado ao salário base, o repasse cai. No Hospital Santa Catarina, o complemento reduziu de R$ 827,00 para R$ 525,00, uma perda de quase R$ 300,00 por mês para os trabalhadores”, explicou Cleber.

Negociação não avança e paralisação é inevitável

Segundo o Sindisaúde, o Ideas havia sinalizado interesse em negociar ao longo do último mês, mas não apresentou avanços concretos. Nesta semana, a gestão levou a discussão para a Secretaria de Estado da Saúde, que não é responsável pela negociação, já que a CCT deve ser firmada diretamente com o sindicato.

“Sem acordo, teremos que paralisar as atividades — especialmente dos técnicos de enfermagem — para pressionar a direção a resolver o problema”, afirmou o presidente.

O Sindisaúde reforça que permanece aberto ao diálogo, mas que seguirá defendendo o cumprimento integral da CCT e a garantia dos direitos da categoria.

Foto - Divulgação