02/10/19
O Hospital Materno Infantil Santa Catarina (HMISC) passa por um momento delicado. Após a morte de duas crianças no início da última semana, a diretoria da instituição convive agora com protestos do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde (Sindisaúde) de Criciúma e Região, que denunciou na manhã desta quarta-feira, dia 2, atrasos no pagamento de proventos dos funcionários, falta de medicamentos, número reduzido de funcionários, inclusive a falta de profissionais para limpeza do hospital.
O protesto aconteceu das 9 horas ao meio-dia de hoje, em frente ao HMISC. Em entrevista ao Portal Engeplus, o diretor do Sindisaúde, Cleber Ricardo Cândido, explicou que o sindicato não foi atendido pela direção do hospital. “Chamaram a polícia dizendo que estávamos perturbando as pessoas. Isso não aconteceu. Estamos denunciando o descaso, a falta de pediatra, de antibióticos, isso nos preocupa e expõe os trabalhadores que estão em número reduzido”, alerta.
O diretor sindical ainda explicou que chegou ao Sindisaúde a informação que o Governo do Estado realizou um corte de até 30% na verba repassada ao HMISC. No entanto, cobrou uma melhor comunicação da instituição com os funcionários e a solução para os atrasos nos proventos.
Segundo Cândido, os médicos estão com salários atrasados e os demais funcionários deixaram de receber os vales alimentação e transporte. “Fizemos algumas falas com microfone e em momento algum nos chamaram para conversar. Falta equipamentos, tem o problema do repasse do Estado que foi cortado, mas eles devem colaborar e nos dizer o que está acontecendo”, explica.
O caso será denunciado no Ministério Público de Santa Catarina (MP/SC). E caso não houver uma solução, existe a ameaça de paralisação das atividades.
Nosso próximo passo, como não vieram conversar, é fazer a denúncia no Ministério Público e caso não melhore chamar uma assembleia com os trabalhadores e talvez realizar uma paralisação. Há atraso nos salários dos médicos e isso pode acontecer também com os demais funcionários.
diretor do Sindisaúde, Cleber Ricardo Cândido
Fonte - texto - Por Thiago Hockmüller - Engeplus