25/05/17
O movimento Ocupa Brasília liderado por movimentos sindicais e socais realizado nesta quarta-feira na capital federal ocorreu com muito tumulto e confronto entre Polícia Militar e manifestantes. O clima ficou ainda pior quando o ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS), declarou que o presidente Michel Temer determinou, a pedido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), uma ação de Garantia da Lei e da Ordem, que permite a convocação de tropas do Exército e da Força Nacional para atuação na segurança pública.
Da região Sul, estiveram presentes na capital federal em torno de 600 pessoas. Na última segunda-feira, se deslocaram 16 ônibus para Brasília, nove da região de Criciúma, quatro de Tubarão e três de Araranguá. De acordo com um dos representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) na região Sul, Célio Elias, que classificou o clima em Brasília como tenso, o movimento, além de ser contrário as reformas da previdência e trabalhista, pediu a saída do presidente do governo e eleições diretas.
“O clima foi muito tenso com a PM e, em seguida, com o exército, mas o povo resistiu e enfrentou a PM mesmo assim. Agora, as centrais sindicais vão se reunir e deliberar novos encaminhamentos até derrubarmos este governo corrupto e que eleições diretas sejam realizadas. O povo realmente tem que estar na rua e a corrupção não pode continuar nesse país”, comenta Elias. O grupo de Criciúma retornou à região Sul ainda na noite dessa quarta-feira.
O ato desta quarta-feira foi potencializado após mais uma forte instabilidade política ser deflagrada na semana passada pelas delações dos executivos da JBS envolvendo diretamente o presidente da República. O movimento ocorreu também pelo fato das reformas estruturais propostas pelo Governo Federal estarem em discussão na ordem do dia na Câmara dos Deputados.
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