10/02/21
Diante do atraso no pagamento do salário, os profissionais do Hospital São Marcos de Nova Veneza, podem entrar em greve, a partir de quinta-feira, 11. A informação é do diretor-tesoureiro do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Criciúma e Região (Sindisaúde), Cleber Ricardo da Silva Cândido.O motivo é a falta do repasse de R$160 mil da Prefeitura e destinados ao Hospital. “Já notificamos a diretoria do São Marcos. Aguardamos o pagamento até amanhã. Caso isto não aconteça os serviços param na quinta-feira. Irá funcionar apenas 30% da urgência e emergência”, disse ele. “A Prefeitura de Nova Veneza tendo ou não, repassado o valor, a responsabilidade é do Instituto Maria Schmitt (IMAS), que administra o hospital”, considera Cândido.
Briga política
O presidente do IMAS, o médico Robson Schmitt, trata o assunto como briga política entre a Prefeitura de Nova Veneza e a Câmara de Vereadores do Município. “Infelizmente estamos no meio disso tudo. Perde a população e os trabalhadores. Já mandamos ofício e as prestações de contas do Hospital para a prefeitura. Todas corretas! Não temos mais o que fazer. Nunca aconteceu isto em todos estes anos de administração do hospital”, lamenta.
Reunião
Nesta quarta-feira, 10, pela manhã, vereadores, representantes do Sindisaúde, IMAS e Prefeitura estarão reunidos na Câmara para tratar sobre o assunto. “Estamos acompanhando juntos os desdobramentos e pressionando para que tudo seja resolvido rápido”, aposta Cândido.
Entenda o caso
Na última sexta-feira, 5, o Governo do Município de Nova Veneza, por meio de nota informou que foi surpreendido durante a sessão da Câmara de Vereadores do município, não ter sido colocado para votação o repasse de R$160 mil, destinados ao Hospital São Marcos, com isso, o pagamento no valor que é realizado desde 2019 para a Instituição, não poderá ser realizado.
O texto diz que a preocupação do Governo Municipal é que a não aprovação da homologação, pela Câmara, coloque em risco o pagamento da folha salarial dos funcionários do pronto-socorro do hospital.
No mesmo dia, a Câmara de Vereadores do município também se pronunciou sobre o assunto e esclareceu que recebeu do Executivo a solicitação de análise do Termo Aditivo ao convênio, mas o documento não mencionava convocação de Sessão Extraordinária ou pedido de urgência. No dia 1 de fevereiro a prefeitura respondeu sobre não haver necessidade de designação de extraordinária, porém solicitando discussão e análise em regime de urgência.
Fonte - Portal Litoral Sul - Clarissa Crispim